Dados do Trabalho

Título

IMPACTO DA PANDEMIA (COVID19) SOBRE OS HABITOS DE VIDA E NIVEL DE ANSIEDADE EM MULHERES COM CANCER DE MAMA

Título em Inglês

Impact of the pandemic (COVID19) on lifestyle and anxiety levels in women with breast cancer

Introdução

A pandemia de COVID19, no intuito de tentar reduzir as taxas de infecção, levou a mudanças radicais no nosso dia-a-dia e obrigou a população mundial ao isolamento e distanciamento. Como consequência, nossos hábitos de vida e estado de humor também sofreram alterações. Seja pelo receio da realização de atividade física durante o tratamento, seja pela desinformação com relação aos benefícios atrelados à mesma, o número de pacientes oncológicos sedentários permanece alto. Com a pandemia, o desafio de introduzir e manter a prática de atividade física durante o tratamento do câncer como “standard of care” se tornou ainda maior.

Objetivos

Avaliar as mudanças nos níveis de atividade física, tempo de permanência sentado e níveis auto-referidos de ansiedade de mulheres com diagnóstico de câncer de mama, frente a pandemia COVID19.

Métodos

Um questionário online foi aplicado entre pacientes oncológicos, sendo avaliadas 57 mulheres diagnosticadas com câncer de mama, com idades entre 20 e 75 anos. O questionário foi encaminhado por mensagem de texto e em demanda espontânea nas redes sociais.

Resultados

Como principais resultados encontramos que 46 mulheres (80.7%) estavam praticando regularmente o exercício físico antes da pandemia, enquanto 40 (70.1%) das mesmas conseguiu manter este hábito. As médias do tempo semanal (minutos) despendido com o exercício físico, da intensidade subjetiva de esforço e do tempo (horas/ dia) em frente a TV e nível de ansiedade pré e durante a pandemia foram de 90.5 vs. 69.4 (p<0.03); 2.3 vs. 1.9; 2.3 vs. 3.2 (p<0.007); 2.6 vs. 3.3 (p<0.003). Em relação às análises percentuais, notou-se que mesmo no período pré-pandemia apenas 24.5% da amostra realizava mais de 150 minutos de atividade física semanal, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Quanto ao nível de ansiedade ao compararmos o número de mulheres que se auto classificaram entre muito ansiosa e exageradamente ansiosa, notou-se um aumento de 110.4% durante a pandemia.

Conclusões

Mesmo sabendo que os protocolos de exercícios para pacientes oncológicos estão bem estabelecidos, observamos na presente pesquisa, que a maioria das pacientes não atingem as recomendações mínimas necessárias da OMS. Além disso, o aumento de horas sentadas em frente a televisão pode ser fator que contribuiu para aumentar o nível de ansiedade, diminuindo a qualidade de vida dessas participantes.

Palavras Chave

cancer de mama, exercicio fisico, pandemia, ansiedade

Área

QUALITY OF LIFE AND EDUCATIONAL ASPECTS - Quality of Life